quinta-feira, 1 de setembro de 2011

¼ de misantropia

Não que eu aprecie a solidão. Na verdade, ela é uma das coisas que eu mais temo. Mas fui acostumada a ela. Às vezes, é para mim menos exaustiva a ausência das palavras. Busco outras companhias, que não sejam diretamente humanas. Companhia nos livros. No grafite e nas folhas de papel. Companhia nos sons, sejam eles da música, da natureza ou da minha mente barulhenta (por mais traiçoeira que ela possa ser, às vezes).
Mas é uma relação de amor e ódio: não suporto ficar só por muito tempo (quem suporta?). Eu não sei lidar com pessoas, mas não sei viver sem isso. Não aprendi a me expressar. Receio dizer que a minha expressão, por não ter sido domesticada com o hábito, cresceu selvagem e selvagem permanece. É espontânea, porém arisca. É quase um fardo. E não abro mão de carregá-lo.

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